30 janeiro 2007

EXCLUSIVO PARA O BLOG DA MÚSICA POPULAR DO BRASIL



ENTREVISTA COM BARTÔZINHO GALENO
HERDEIRO DO MAIOR CANTOR ROMÂNTICO NORDESTINO


Ele tem 28 anos, é carioca de nascimento, muito carismático e se auto-intitula cantor de música romântica brega. Mais cedo ou mais tarde, ele ficaria famoso, graças a boa voz e a herança romântica herdada do pai. Porém, a fama chegou na hora certa. Hoje, Bartôzinho Galeno é uma celebridade no nordeste, fruto da participação vitoriosa no programa Big Brega Brasil, da TV Diários, de Fortaleza. Começou sua carreira fazendo back vocal para o pai, o cantor Bartô Galeno. Depois de fazer, durante alguns anos, mais de 30 apresentações ao lado do pai, surgiu o convite para gravar seu primeiro CD, que já vendeu quase 30 mil cópias. Bartôzinho foi levado para o mundo do disco, pelas mãos do empresário Paulo Martins. Em Fortaleza, convidado pela TV Diários, fez parte ainda do elenco da versão cearense para a novela Belíssima. A novela foi exibida para o Brasil inteiro via parabólica. Bartôzinho nasceu cercado pelo mundo da música e seus ídolos afluentes. Na sua vida, sempre foi comum a convivência com cantores como Waldik Soriano, Odair José, Genival Santos e outros nomes da música popular do Brasil. Muito simpático, Bartôzinho gentilmente aceitou fazer esta entrevista para o blog, falando da carreira, do pai, e da convivência com o padrinho Waldik Soriano. Leia e guarde com carinho na memória, pois o rapazinho é a mais nova revelação da música popular no Brasil.

O fato de ser filho de Bartô Galeno, ajuda ou atrapalha?
Eu não entrei na carreira para tomar lugar de ninguém, muito menos de meu pai, que mesmo daqui a cem anos suas músicas estarão na memória do povo. No começo, as pessoas me ligavam para dizer que eu estava querendo tomar o lugar de meu pai. Jamais alguém poderá ocupar o lugar de meu pai, ou de um cantor como Waldik Soriano. Meu pai tem uma carreira longa e até hoje é muito amado pelo povo.
Você reconhece os grandes nomes da música romântica no Brasil?
Eu já entrei na carreira romântica por conta desses professores: meu pai, Waldik, Odair José, Genival Santos, Claudia Barroso, Diana, Reginaldo Rossi e muitos outros.
Morando no Rio de Janeiro, num bairro de classe média alta. Na escola, em algum momento você teve vergonha de dizer que era filho do cantor Bartô Galeno?
Vivi isso sim, mas eu sempre fui espontâneo, subia em cima da mesa e cantava. Não escondia que era filho dele, mas também não era de ficar falando. Naquele período eu curtia pagode, freqüentava baile funk na Rocinha e no morro Santa Marta.
Fale-me do Waldik Soriano.
Meu padrinho. Eu me lembro quando criança, com quatro anos, ele morava na Ilha do Governador, aqui no Rio e ele gostava de reunir os amigos na sua casa, que sempre vivia cheia de gente. Meu pai freqüentava os churrascos que Waldik oferecia aos amigos. Lembro-me do padrinho colocando aquelas bóias de ar no meu braço e me jogando na piscina. Aquilo ficou guardado na minha memória.
Waldik lhe apóia como cantor?
Com certeza. Ele me apoiou totalmente e fez mais, se colocou a disposição para o que eu precisasse dele. Eu gostei muito quando ele disse que eu não economizava voz, depois de ter visto eu cantando A Dama de Vermelho. Este ano, vou gravar meu segundo CD e com certeza ele participará, assim como meu pai, que participou cantando comigo no meu primeiro trabalho.
Como é o Waldik na intimidade?
Sempre alegre. Gosta muito de conversar, principalmente contar experiências da vida. Gosta de ficar em casa vendo televisão. Adora mostrar seus arquivos com centenas de matérias sobre a sua vida. O padrinho é acima de tudo, um homem muito legal. Que gosta de ficar em casa e de receber seus amigos bem à vontade, de camiseta, bermuda e chinelos. Ele é muito sóbrio, inteligente demais.
Sobre o documentário que a atriz Patrícia Pillar está fazendo a partir da obra do Waldik, você tem conhecimento?
Eu acompanhei. Tive a oportunidade de conversar com a Patrícia num show que Waldik, meu pai, eu e outros cantores, fizemos Na casa de show Metrópole, em Fortaleza. Conversei com ela e com seu esposo, o senhor Ciro Gomes, que é fã de meu pai Bartô Galeno e de Waldik Soriano.
Você fez um tremendo sucesso na televisão (Fortaleza), não temia que a versão Big Brega pudesse lhe queimar de vez?
Temia sim. Mas ao mesmo tempo, sabia que estava me divulgando. Só tive a certeza de que me fez bem, depois de sair como vitorioso. Enquanto eu estava confinado dentro da casa, minha música Quarto de Motel (Elis Di Angela, compositora da dupla Zezé di Camargo e Luciano, em parceria com Caju, da dupla Caju e Castanha) estava estourada nas rádios, principalmente no programa Clube do Brega, apresentado pelo Silvino Neves, que tocava direto a minha música.
Você fez ainda uma novela para o mesmo canal de TV.
Fiz sim. Foi a primeira novela feita pela TV Diários, chamava-se Breguíssima, parodiando a novela Belíssima, da Rede Globo. Meu personagem era o Pateus, um garoto de programa, que namorava uma senhora gordinha. Gravamos cenas em motéis, na cama, nos beijávamos na boca e tudo mais (rindo muito). A música de fundo era a minha, Quarto de Motel. Que se encaixou perfeitamente.
Você já é reconhecido por fãs, nas ruas de Fortaleza?
Quando vou fazer compras em shopping’s, imediatamente sou reconhecido. No interior então, todo mundo vem falar comigo, me reconhecendo do Big Brega. Hoje não sou somente conhecido por ser o filho do Bartô Galeno, mas também pelo conjunto de coisas boas que fiz no nordeste. Das aparições constantes na tevê, dos shows, esse tipo de coisa.
Antes da carreira como cantor, você teve outra carreira, qual foi?
Jogador de futebol. Iniciei na escolinha do J.J, no Rio, Joguei em vários clubes do Brasil. Joguei no Olaria, do Rio, do Olaria fui para a Portuguesa de São Paulo, depois para o Mogimirim, depois voltei pro Rio para jogar no Serrão de Petrópolis. Joguei no Vasco da Gama, fui emprestado ao Botafogo. Em 1995 estourei meu joelho, depois de tratamentos voltei a jogar, e fui campeão pelo Icasa, do Juazeiro do Norte. Apesar da boa experiência como atleta, a vocação para cantar, falou mais alto.

Um comentário:

Anônimo disse...

OI Josué ! Ótima entrevista. Espero que você continue entrevistando outros cantores cafonas. O Bartozinho parece ser uma pessoa muito inteligente e ainda escolheu o padrinho certo (o mestre Waldik). Boas entrevistas e parabéns pelo belo blog !

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