
ELE NÃO SAIU DO LIXO, COMO MUITOS ACREDITARAM.
Foi por imposição da gravadora Phonogram, onde o artista gravava pelo selo Polydor, que uma falsa história triste, repleta de tragédia, foi montada para sensibilizar o público e fazer de Evaldo Braga um dos maiores vendedores de discos de todos os tempos no Brasil. Para o grande público, e para a mídia também, o máximo que se sabia sobre o ídolo negro, era que ele tinha sido abandonado numa lata de lixo. Os produtores do documentário ouviram dezenas de pessoas, dentre elas estão fãs anônimos, amigos, colegas, críticos de música, e pasmem, um irmão de Evaldo Braga.
É muito comum, a gravadora montar um perfil para o artista e depois trabalhar como se aquilo fosse a verdade absoluta, pelo menos para o público, vide Sidney Magal, lançado como cigano, tendo até hoje quem acredite na fábula. Magal também foi lançado pela Phonogram, fruto da imaginação de Paulo Coelho (ele mesmo) e Roberto Livi, calouro da Jovem Guarda que conseguiu gravar alguns discos como cantor.
Depois de ouvir o irmão de Evaldo confirmar que o cantor morava com o pai e os irmãos, fico envergonhado pelas dezenas de matérias escritas após a morte do cantor, conjecturas mil acerca dos direitos, do destino do dinheiro proveniente das vendas astronômicas, da infelicidade de não poder conhecer seus pais, da solidão de Evaldo. Me revolta saber que a equipe da Phonogram, na época, leu um pungente artigo, escrito por Arthur da Távola na última página da revista Amiga, e não teve a sensibilidade de contar a verdade em seguida. Segundo o irmão do cantor, a família era proibida de falar no assunto, pior, tinha que concordar com a história da gravadora.
O mercado fonográfico só respeita o lucro do artista, não importa se o viés que os une é o carisma dele, ou o público, antes, suga até a última gota de sangue, depois qualquer lugar é valido para agonizar. Basta lembrar dos grandes vendedores de discos, do começo da década de 70, olhar para o passado e constatar como eles vivem hoje. São rejeitados pelas mesmas gravadoras, que preferem lançar coletâneas de sucessos, mesmo que não tenha o mínimo de qualidade, afinal, o público já conhece a música, pra que gastar dinheiro com qualidade, se eles são bregas, cafonas, e estão fora da mídia. Muitos artistas, sequer são avisados do lançamento de coletâneas da sua obra. Como se não bastasse a denúncia de roubo nos direitos de intérprete e de autor, são lesados ainda com as histórias que montam a seu respeito, passando por cima da honra e do direito do consumidor, que compra caju com sabor de manga.
Foi por imposição da gravadora Phonogram, onde o artista gravava pelo selo Polydor, que uma falsa história triste, repleta de tragédia, foi montada para sensibilizar o público e fazer de Evaldo Braga um dos maiores vendedores de discos de todos os tempos no Brasil. Para o grande público, e para a mídia também, o máximo que se sabia sobre o ídolo negro, era que ele tinha sido abandonado numa lata de lixo. Os produtores do documentário ouviram dezenas de pessoas, dentre elas estão fãs anônimos, amigos, colegas, críticos de música, e pasmem, um irmão de Evaldo Braga.
É muito comum, a gravadora montar um perfil para o artista e depois trabalhar como se aquilo fosse a verdade absoluta, pelo menos para o público, vide Sidney Magal, lançado como cigano, tendo até hoje quem acredite na fábula. Magal também foi lançado pela Phonogram, fruto da imaginação de Paulo Coelho (ele mesmo) e Roberto Livi, calouro da Jovem Guarda que conseguiu gravar alguns discos como cantor.
Depois de ouvir o irmão de Evaldo confirmar que o cantor morava com o pai e os irmãos, fico envergonhado pelas dezenas de matérias escritas após a morte do cantor, conjecturas mil acerca dos direitos, do destino do dinheiro proveniente das vendas astronômicas, da infelicidade de não poder conhecer seus pais, da solidão de Evaldo. Me revolta saber que a equipe da Phonogram, na época, leu um pungente artigo, escrito por Arthur da Távola na última página da revista Amiga, e não teve a sensibilidade de contar a verdade em seguida. Segundo o irmão do cantor, a família era proibida de falar no assunto, pior, tinha que concordar com a história da gravadora.
O mercado fonográfico só respeita o lucro do artista, não importa se o viés que os une é o carisma dele, ou o público, antes, suga até a última gota de sangue, depois qualquer lugar é valido para agonizar. Basta lembrar dos grandes vendedores de discos, do começo da década de 70, olhar para o passado e constatar como eles vivem hoje. São rejeitados pelas mesmas gravadoras, que preferem lançar coletâneas de sucessos, mesmo que não tenha o mínimo de qualidade, afinal, o público já conhece a música, pra que gastar dinheiro com qualidade, se eles são bregas, cafonas, e estão fora da mídia. Muitos artistas, sequer são avisados do lançamento de coletâneas da sua obra. Como se não bastasse a denúncia de roubo nos direitos de intérprete e de autor, são lesados ainda com as histórias que montam a seu respeito, passando por cima da honra e do direito do consumidor, que compra caju com sabor de manga.
Assista aos vídeos, depois deixe sua mensagem. Vale a pena assistir do começo ao fim. Ótima edição, excelente fio condutor com personagens apaixonantes. Parabéns pela iniciativa dos diretores de trazer a tona, a história do ídolo negro que sacudiu o mercado fonográfico, e até hoje encanta com sua voz possante e tema triste.
A VISÃO DA PRODUTORA NATORA PRODUÇÕES
"Fazer o melhor com o que se tem. Ênfase na ação como parte principal do processo. É fazer fazendo. A Natora Produções é uma produtora multimídia e busca uma nova forma de se produzir e sobre o que produzir. Acreditamos nas idéias e duvidamos do chamado momento certo para se fazer. Somos fatalistas e sabemos que a morte é a única certeza da vida. Nossa filosofia parte do conceito mercadológico do cash from chaos, introduzido no mundo dos negócios por Malcom McLaren, empresário dos Sex Pistols, e na ética punk/hip hop do faça você mesmo baseada na "brodagem". Esse conceito foi retirado da página do movimento Manguebit."