18 dezembro 2007

NÃO POSSO E NÃO DEVO ME CALAR


Folha de São Paulo - TENDÊNCIAS /DEBATES
"Recebi por email, enviado pelo próprio Paulo César, o artigo publicado ontem na Folha de São Paulo, escrito pelo autor do livro Roberto Carlos em Detalhes. Uso da liberdade para publicar o artigo na íntegra e assim reforçar meu apoio total e irrestrito ao jornalista mais injustiçado depois do fim da ditadura". Josué Ribeiro
Por PAULO CÉSAR DE ARAÚJO
FOI UM "erro de digitação". Essa foi a resposta que o advogado de Roberto Carlos forneceu à Folha ao ser indagado sobre a denúncia de adulteração do conteúdo do livro "Roberto Carlos em Detalhes" na queixa-crime que seu escritório enviou à Justiça contra mim.
Recapitulando: no livro, digo que na jovem guarda havia uma "combinação de sexo, garotas e playboys". Pois na página 16 da queixa-crime essa frase é citada com a troca da palavra "garotas" por "drogas" e, em seguida, os advogados escreveram: "(...) e por aí vai o querelante, misturando sexo grupal com homicídio, consumo de drogas com corrupção de menores e bestialismo".
Ressalte-se que não apenas naquele documento como também em entrevistas o advogado Marco Antônio Campos tem atribuído ao livro frases que não escrevi. À revista "Aplauso", por exemplo, ele afirmou que no livro está dito que Roberto "era assíduo freqüentador da cobertura de Carlos Imperial, onde as festinhas eram regadas a todos os tipos de drogas", e que, "uma vez, uma menor foi estuprada e morta numa dessas festas".
Ocorre que o livro não fala em drogas ou homicídios na casa de Imperial e muito menos associa Roberto Carlos a isso. Narra, sim, um escândalo que abalou a jovem guarda em 1966, com Imperial e outros artistas acusados de se envolver com garotas menores. No texto, enfatizo que aquilo não atingiu Roberto Carlos. Qualquer um pode confirmar isso no livro, do fim da página 306 até a página 311. Basta ler!
É lamentável que Roberto Carlos tenha entrado na Justiça sem ao menos ter lido a sua biografia. "Fizemos um resumo para ele", confessa Campos. Se o resumo que o advogado fez ao cantor foi o mesmo que está na queixa-crime e propaga em entrevistas, está finalmente explicado por que Roberto Carlos ficou tão furioso com um livro que engrandece a sua vida e a sua arte. E agora também finalmente sabemos a que ele estava se referindo quando, na primeira manifestação contra o livro, disse em entrevista coletiva que nele haveria "coisas não verdadeiras". Ou seja, diante de toda a imprensa brasileira, um dos maiores artistas do país desqualifica o trabalho de um profissional apenas baseado num resumo adulterado que lhe foi fornecido por colaboradores.
Campos fala agora em "erro de digitação". Roberto Carlos, assim como o presidente Lula, provavelmente vai dizer que nada sabia. E, aí, estamos conversados? Não, não estamos. Como bem afirmou Paulo Coelho meses atrás em artigo aqui mesmo na Folha, o que está em jogo nessa polêmica não é apenas o meu livro, não é apenas o meu caso. É a liberdade de expressão no Brasil, direito adquirido depois de longa luta contra a ditadura. Porque, se valer para outras figuras públicas o que está valendo para Roberto Carlos, ninguém mais poderá escrever a história deste país.
Várias personalidades que já leram "Roberto Carlos em Detalhes", como Caetano Veloso, Nelson Motta e Ruy Castro, declararam que se trata de um livro carinhoso e positivo para o cantor. Em recente entrevista à "Veja", o renomado jurista Saulo Ramos afirmou que o livro "é uma biografia perfeita. Não tem um ataque moral contra o Roberto. Ele me consultou e eu o aconselhei a não tomar nenhuma providência. Recusei a causa, e ele procurou outros advogados".
Será que todas essas pessoas estão erradas e apenas os advogados que o cantor procurou estão certos? É óbvio que esses advogados estão fazendo o papel deles, mas daí a tergiversar no processo, adulterar o conteúdo da obra para induzir a Justiça a erro vai uma grande diferença. E, diante disso, não posso e não devo me calar.
Pois foi baseado no conteúdo dessa queixa-crime que o juiz Tércio Pires, do Fórum Criminal da Barra Funda (SP), julgou que o livro cometia grande ofensa à honra de Roberto Carlos. Acreditando nisso, por duas vezes esse juiz ameaçou mandar fechar a editora Planeta durante aquela fatídica audiência, em 27 de abril. Sentindo-se coagida, a editora decidiu aceitar o acordo, me deixando abandonado. Resultado: o livro foi proibido, 10.700 exemplares do estoque foram apreendidos, e outros tantos, recolhidos das livrarias e entregues a Roberto Carlos para serem destruídos. É uma violência cultural sem precedentes em países sob vigência do Estado democrático de Direito.
Para o cantor, esse imbróglio trouxe desgaste de imagem e nenhum sentido prático, pois o conteúdo do livro está na internet. Além disso, o tempo ficou cada vez menor e até agora ele não conseguiu aprontar um novo álbum ou lançar uma ou duas novas músicas - fato que não acontecia desde que gravou seu primeiro disco, há 48 anos! Portanto, 2007 ficará marcado na história de Roberto Carlos como o ano em que ele não lançou nenhum novo CD, mas, ao contrário, tirou de circulação a sua biografia.

PAULO CESAR DE ARAÚJO é historiador e jornalista, autor de "Roberto Carlos em Detalhes" e “Eu Não Sou Cachorro, Não – música popular cafona e ditadura militar”.

BALTHAZAR COM CD NOVO NA PRAÇA



DEPOIS DE INTERPRETAR RAUL SEIXAS, BALTHAZAR ATACA DE “BREGANEJO”, OU SEJA: DÁ NO MESMO.

Em setembro deste ano postei um artigo sobre Balthazar enaltecendo sua potente voz, o que volto a reafirmar: Balthazar é dono de uma das melhores vozes masculinas do Brasil. Também enfatizei o erro recorrente no repertório do cantor. Em novembro, ao entrar numa loja no Centro de Tradições Nordestina, em São Cristóvão, no Rio, deparei-me com o cd Breganejo, de Balthazar. O cd tem produção musical de Joãozinho, Aladim e Toninho Rossi. Aladim é conhecido da dupla com Alan e autor de sucessos nas vozes de cantores renomados da esfera popular. São 14 sucessos sertanejos traduzidos para o breganejo. Palavra nova que abre espaços para múltiplas interpretações, uma vez que o rótulo é imposto e resistente. Balthazar não é o único cantor a aceitar e até mesmo usar, o rótulo de brega para alavancar a carreira, Reginaldo Rossi fez e se deu bem.
Clássicos como Seu Amor Ainda é Tudo, de Moacyr Franco, Paz na Cama, sucesso da dupla Leandro e Leonardo, Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme, letra de Cleide de Lima, lançada na voz de Reginaldo Rossi, e com dezenas de regravações. Balthazar solta o gogó sem pena, alcançando notas altíssimas, o que já é marca do cantor. Ligação Urbana, recente sucesso da dupla Bruno e Marrone, Quem Sou Eu Sem Ela, de Zezé di Camargo, são músicas que ganham destaque na voz do ex-roqueiro. Contudo, ao adquirir o cd, vá direto a faixa de número 8, Devolva a Passagem, de Zé do Rancho. Nela você vai entender o porquê de Balthazar ser um nome que merece respeito no cenário musical brasileiro. Balthazar surpreende com a interpretação pelo fato de sua extensão vocal ainda ter o mesmo brilho de quase 40 anos atrás, quando estreou. Só depois ouça o restante do disco. A dica é de quem gosta e reconhece o talento de Balthazar, que merece todo o nosso apoio. O acompanhamento, apesar de está inferior ao que se espera de um Balthazar, cumpre a meta a que se propõe, remetendo ora à seresta, ora a show de churrascaria. Ainda não é o que esperamos, mas tem seu valor artístico, dado ao tema do trabalho, Breganejo, não podemos exigir os arranjos de Eduardo Lage, ou produção de um Max Pierre. Aladim, que não é o gênio da lâmpada, dá conta do recado.
Aguardo Balthazar para uma entrevista exclusiva no blog, não faltará assunto, elogios e perguntas. Desde já, recomendo aos fãs do cantor que corram às lojas, a fim de adquirir o novo cd do artista. Se puder, contrate-o para shows, o telefone é 11- 8319-3788.



Informações adicionais:
CD Balthazar Breganejo
Produzido por: Toninho Rossi
Soomvip Studio – 11 – 6912-7176
CONTATOS PARA SHOWS COM O CANTOR BALTHAZAR: (21) 8668-0623 / 2558-5191. Falar com Naldo Kleber.
p.s: Não é jabá, não conheço ninguém da produção. Comprei o cd e estou cumprindo o propósito inicial do blog Música Popular do Brasil, divulgar e ampliar a cultura popular.



CÉSAR SAMPAIO LANÇA CD COM OS MAIORES SUCESSOS DE ANTONIO MARCOS



O PRÓPRIO CANTOR ENTROU EM CONTATO COM O BLOG PARA NOS DEIXAR INFORMADOS SOBRE SUA CARREIRA.

Durante os últimos dez anos César Sampaio vinha dedicando seu tempo na produção de discos e na criação de músicas. Seus fãs, que são muitos, por todo esse tempo aguardavam a manifestação do artista que já fez o Brasil inteiro cantar. Suas músicas ocuparam lugar de destaque nas paradas do rádio e fizeram dele um dos artistas mais populares do país, principalmente depois do mega-sucesso que fez com Secretária da Beira do Cais. César Sampaio tem seu nome resguardado na história da música popular do Brasil. A partir de 1975, quando surge no cenário nacional interpretando sucessos como a já citada e mais “Uma Lágrima na Garganta”, “Marcas no Rosto” e “Só Quero Saber”, o cantor criou sua própria popularidade, e seu estilo de musicar crônicas do cotidiano. O hiato aberto na carreira despertou saudades nos fãs, que há muito tempo vêm se abastecendo de coletâneas lançadas em cd, e dos LP’s comprados em sebos. O retorno ao disco tem um motivo muito especial: homenagear Antonio Marcos, morto precocemente em 5 de abril de 1992, aos 47 anos de idade.
O cd “César Sampaio canta os Sucessos de Antonio Marcos”, da Universal Music, tem produção e direção de Evaldo Santos, traz entre outros sucessos de Antonio Marcos, a inesquecível “O Homem de Nazareth”, composição do Cláudio Fontana, imortalizada na pungente interpretação de Antonio Marcos, “Como Vai Você”, do próprio Antonio Marcos em parceria com o irmão Mário Marcos. Certamente, a música Como Vai Você é uma das preferidas dos casais que acreditam em romantismo. Outra música que ganha qualidade na interpretação de César Sampaio, e que ficou tão marcada na voz de Antonio Marcos, é “Porque Chora a Tarde”, composição de Gabino Correa em parceria afinada com Antonio Marcos. “Menina de Trança” e “Não Vou Mais Deixar Você Tão Só”, são duas composições do homenageado, que não poderiam ficar de fora. O repertório conta no total, com doze músicas que emocionaram milhões de pessoas no Brasil e fora do Brasil. Outra música que promete fazer sucesso mais uma vez, agora na voz de César Sampaio, é “Oração de Um Jovem Triste”, de Alberto Luiz, e que virou hino na voz do ótimo Antonio Marcos. Em muitos momentos, a interpretação segura de César Sampaio nas músicas, que sem exceção, já foram sucessos na voz de Antonio Marcos e de outros intérpretes, cedeu lugar para a emoção explícita. As palavras de César transmitem sua emoção diante da obra: “Este trabalho traz felizes recordações do meu ídolo maior.”

A homenagem pode ganhar um segundo volume, tanto pelo sucesso de vendas que vem fazendo, como pelo fato da obra de Antonio Marcos ser extensa, e da quantidade de sucessos emplacados superar a casa das trinta músicas.

ANTONIO MARCOS FOI O POETA DA CANÇÃO

Antônio Marcos Pensamento da Silva, cantor, compositor e ator. Nasceu em São Paulo, em 8 de novembro de 1945, e faleceu em 5 de abril de 1992, em São Paulo. Trabalhou como office-boy, vendedor de varejo e balconista de loja de calçados, passando pelos programas de calouros, para chegar ao rádio e finalmente à televisão. De 1960 a 1962, destacou-se no programa de Estevam Sangirardi, cantando, tocando violão e fazendo humorismo. Em 1967 integrou o coral Golden Gate e atuou nas peças Pé Coxinho e Samba Contra 00 Dólar, de Moraci do Val, no Teatro de Arena. Convidado por Ramalho Neto, gravou seu primeiro disco pela RCA, como integrante do conjunto Os Iguais, tornando-se logo solista e fazendo sucesso com a música Tenho um amor melhor que o seu de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, que reapareceu em seu primeiro LP e vendeu mais de 300 mil exemplares.
Antônio Marcos morreu no hospital Osvaldo Cruz, na capital. Ele deu entrada no pronto-socorro com dores abdominais e hipotensão arterial (pressão baixa) e estava "consciente e não-alcoolizado", mas teve um agravamento do seu quadro clínico e foi internado na UTI, onde teve uma parada cardíaca em função de uma "insuficiência hepática fulminante". O laudo foi dado pelo doutor Arnaldo Guilherme Cristiano, e o corpo foi velado no próprio hospital, e sepultado no cemitério Girassóis de Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo.
Antonio Marcos atingiu seu maior sucesso em 1973, com O Homem de Nazarth (Cláudio Fontana). Tem oito LPs em português e quatro em castelhano, além de gravações feitas no exterior. Em 1991 pretendia lançar um LP contendo uma versão de Imagine, de John Lennon, mas Yoko Ono, viúva de John, vetou a versão, o que, aliado à falência da gravadora (Esfinge), impediu o lançamento do disco.
No final dos anos 60, no período em que acontecia o movimento Jovem Guarda, junto com Erasmo e Roberto Carlos, Antonio Marcos foi um dos cantores de sucesso. Sua música "Como Vai Você?", gravada por Roberto Carlos, vendeu mais de 700 mil discos. Outros dois compactos, "O Homem de Nazaré", de 1973 e "Oração de Um Jovem Triste", de 1975, venderam, cada um, outros 500 mil exemplares.
No teatro, fez parte do grupo Arena, onde trabalhou no espetáculo "Arena Conta Zumbi", sob a direção de Augusto Boal. Foi ator principal da montagem carioca do musical "Hair", e protagonista de uma novela da extinta Tupi, "Toninho on The Rocks", de 1969. Foi lançado no cinema por J. B. Tanko, no filme “Pais Quadrados... Filhos Avançados”, em 1970, participando também de “Som, Amor e Curtição”, de 1972, e de outros.
Sua vida pessoal foi tumultuada. Casou pela primeira vez em 1972 com a cantora Vanusa, com quem teve duas filhas, Amanda Marcos e Aretha Marcos. Depois de Vanusa, Antonio Marcos casou-se com a atriz Débora Duarte, com quem teve mais uma menina, a atriz Paloma Duarte. Com Rose, sua terceira mulher, foi pai de Pablo. A última mulher de Antonio Marcos, Ana Paula, com quem o cantor morava há dois anos, é filha de Nice Rossi (falecida), que foi casada com seu amigo Roberto Carlos. A última música gravada por Antonio Marcos foi "Por Amor", em 1991, versão para "Unchained Melody", tema do filme "Ghost".

BOA NOTÍCIA PARA OS FÃS DE CARLOS ALEXANDRE: CANTOR VAI GANHAR BIOGRAFIA PELAS MÃOS DE LÍVIO OLIVEIRA


01/06/1957 – 30/01/1989

O PORTADOR DA NOVIDADE É THIAGO DE GÓES, QUE RETORNA A ESFERA BLOGAL DEPOIS DO SIM NO ALTAR.

Ele nasceu há 50 anos e quase duas décadas após sua morte, Carlos Alexandre, nome artístico de Pedro Soares Bezerra, vai ganhar uma biografia. Passei alguns meses pesquisando sobre sua obra e já estava quase publicando a matéria, quando Thiago de Góes me enviou a novidade. Aproveito a força da notícia para dividir com os leitores informações relevantes sobre a vida e a obra de um dos nomes mais emblemáticos do rol de cantores populares do Brasil contemporâneo.
O cantor nasceu em Nova Cruz, Rio Grande do Norte. Autor e intérprete de muitos sucessos, nasceu no dia 01 de junho de 1957. Na fase adulta passou a morar em Natal, onde iniciou a carreira de músico e conheceu o DJ Carlos Alberto de Sousa (outro que merece uma biografia, pelo muito que fez pela música popular), maior incentivador da sua carreira. Carlos Alberto, anos mais tarde tornou-se produtor do cantor e o levou para São Paulo, onde foi apresentado aos produtores da gravadora RGE. Nos estúdios da gravadora paulista gravou em 1978, seu primeiro compacto com as músicas “Arma de Vingança” (parceria com Carlos Alberto) e “Canção do Paralítico” (parceria com Osvaldo Garcia). A aceitação do público foi imediata, a música passou a ser executada nas rádios, obtendo vendagem superior a 100 mil cópias, fazendo com que a gravadora gravasse no mesmo ano, o primeiro LP de Carlos Alexandre com o sugestivo título de “Feiticeira” (parceria com Osvaldo Garcia), nome de uma das músicas do disco que também foi gravado em castelhano. A experiência do cantor potiguar resultou na explosão da música “Feiticeira”, disparada nas rádios de norte a sul do país, levando o público a comprar mais de 250 mil cópias do LP.
É quase impossível alguém dizer que nunca ouviu uma música do repertório de Carlos Alexandre, inúmeros sucessos ganharam destaque na mídia. Além de “Feiticeira”, teve “A Ciganinha” (parceria com Aarão Bernardo), “Índia” (parceria com Carlos Alberto), “Final de Semana” (parceria com Maurílio Costa), “Já Troquei Você Por Outra”, de sua autoria, e outras dezenas de sucessos. O maior incentivo ao sucesso o cantor receberia ao participar da promoção Cantor Mascarado, da Buzina do Chacrinha. Carlos Alexandre ficou várias semanas cantando “Feiticeira” com o rosto encoberto. Chacrinha distribuía prêmios para quem acertasse o nome do cantor mascarado.
Durante pouco mais de dez anos de carreira, o sucesso foi o mais fiel parceiro de Carlos Alexandre. Seguindo na linha de Evaldo Braga, o cantor inseria sentimentos de traição, vingança e revolta nas letras das músicas que cantava, todos moldados por uma interpretação dramática peculiar. Aos que lhe criticavam, chamando-o de cafona e apelativo, Carlos Alexandre respondia apresentando o aval do povo “Acho que as pessoas que dizem isto é que são cafonas. Dizem que meu estilo é cafona só porque atinjo o povão. Mas não me importo. O mais importante é que todo disco que faço é sucesso e o povo compreende.” E compreendia mesmo, pois em três anos de carreira já havia vendido 500 mil cópias dos quatro LPs gravados até julho de 1982. “Assumi um compromisso com o público e sei que não vou decepcioná-lo. Desde meu primeiro disco, em 1979, que venho procurando atingir um número maior de pessoas, através da música. Pela aceitação demonstrada, acho que consegui este objetivo.” Como cantor, compreendeu muito cedo o poder que a música exercia sobre as pessoas, principalmente sobre o seu público, que anualmente surgia em maior quantidade, cada vez mais proveniente das camadas pobres da sociedade.
Quando lançou o LP Revelação de Um Sonho, em 1982, o quinto da carreira, Carlos Alexandre homenageou Evaldo Braga, outro ídolo popular, morto num acidente automobilístico no auge da carreira, em 1973. Ironicamente, o próprio Carlos Alexandre morreria também de desastre automobilístico, sete anos depois de homenagear Evaldo. O LP foi um dos discos mais vendidos daquele ano e reascendeu a saudade dos fãs de Evaldo. Na ocasião, Carlos Alexandre explicou para a repórter Ângela Toledo, da revista Sétimo Céu, o porque da homenagem: “Como Evaldo Braga estava muito esquecido, me propus a fazer um trabalho para reabilitar sua memória, e depois porque sempre me identifiquei com o que ele cantava.”
Apoiando a idéia de Solange, esposa e parceira em composições _que queria homenagear um afilhado do casal_ foi que Pedrinho (nome que o artista usava no começo da carreira, com o qual assinou Caixa Vazia, música gravada em 1975 pelo cantor potiguar Ruan Carlos) adotou o nome Carlos Alexandre. Quando o filho do casal nasceu, recebeu o nome de Carlos Alexandre Junior, que tinha sete anos quando o pai faleceu.
ENCONTRO COM A MORTE NA ESTRADA AOS 32 ANOS
A vida do cantor foi cortada por um fatal acidente automobilístico quando retornava de um show na cidade de Pesqueira, em Pernambuco, em 30 de janeiro de 1989. Sua discografia está registrada em mais de 200 composições gravadas em 3 compactos, 14 LPs, sendo 2 LPs e 4 CDs pós-morte. Pelo muito sucesso que fez, Carlos Alexandre recebeu em vida, 15 discos de ouro. Artistas como Bartô Galeno e Gilliard, gravaram músicas do cantor que, apesar de ter surgido em 1978, foi somente na década de oitenta que estabeleceu uma carreira triunfante. Suas composições ganharam destaque também, nas vozes de outros nomes bastante conhecidos e prestigiados pelo público romântico de Genival Lacerda, Gilliard, Bartô Galeno, Barros de Alencar, Ismael Carlos e outros.
A morte de Carlos Alexandre repercutiu como uma bomba nos corações apaixonados dos seus milhares de fãs espalhados pelo território nacional. Como se não bastasse o fato de morrer tão jovem, aos 32 anos, os fãs estavam perdendo de vez a oportunidade de algum dia poder ver seu ídolo de perto, de poder acompanhar uma carreira de sucesso. De repente, seus tiveram que se conformar com a falta definitiva que o artista faria a cada ano em que um disco seu não mais seria lançado. Como grande vendedor de discos que foi durante a carreira, após sua morte a RGE colocou no mercado 2 LP’s em homenagem ao cantor e mais tarde, outros 4 CD’s com coletâneas do artista, a fim de suprir a carência dos fãs e lucrar com a morte do artista, o que é muito comum no mercado fonográfico.

CANTOU GANHOU SHOW TRIBUTO EM 1999, COM PARTICIPAÇÃO DE MARINA ELALI, BABAL, CANTUS DO MANGUE, E OUTROS

O filho do cantor homenageou o pai na música Tributo ao Meu Pai (Carlos Alexandre Junior e Nilton Azevedo), a música faz parte do seu primeiro CD, gravado em 2000 pela gravadora Gema. De todas as homenagens que o artista recebeu depois de sua morte, a mais importante foi feita no dia 2 de junho de 1999, no espetáculo “Vem Ver Como Eu Estou” (título de uma música de Carlos Alexandre em parceria com Nando Cordel, do disco que leva o mesmo nome, gravado em 1984), realizado pelo produtor cultural Marcelo Veni, no Teatro Alberto Maranhão, em Natal. No show Tributo a Carlos Alexandre, cantores da nova geração do Rio Grande Norte, fizeram uma releitura da obra do artista e o homenagearam enfeitando as músicas, velhas conhecidas do público, com blues, rock e pop. Nomes conhecidos do público potiguar, homenagearam o ídolo formatando-o de acordo com o gênero de cada um. Cristina Holanda, Cleudo Freire, Júnior Baiano, Cantus do Mangue, General Junkie, Babal, além de Carlos Alexandre Júnior e Marina Elali, cantora, hoje conhecida no Brasil inteiro pelo sucesso de sua música na trilha sonora da novela Páginas da Vida.
Deixou um único filho, Carlos Alexandre Junior, que também segue a carreira do pai gravando discos e fazendo shows pelo nordeste. Paulo Márcio, irmão de Carlos Alexandre, também é cantor e muito popular.


Carlos Alexandre Jr. cantando na TV, em São Paulo

17 dezembro 2007

ESPECIAL DE ROBERTO CARLOS: SEM ERASMO E SEM WANDERLÉA, CAMILA PITANGA SEGURA O GUARDA-CHUVA. MAS, BEM QUE PODERIA SER A RIHANNA. Ê, Ê, Ê, UMBRELLA.


Sábado, dia primeiro de dezembro, 9 mil pessoas lotaram a Arena Multiuso (ginásio construído para os Jogos Pan-Americanos), no Rio, para conferirem de perto a gravação do especial de Roberto Carlos. O espetáculo, que este ano teve ingressos vendidos, com já é de praxe, acomodou centenas de artistas globais na platéia. Reynaldo Gianecchini (na platéia) atraiu a atenção do público a ponto da produção ter que intervir.
O especial que faz parte da programação anual da TV Globo, vai ao ar na noite de natal, é a prova do quanto a Globo é grata ao telespectador. Às 22h30, Roberto entrou no palco cantando Emoções, vestindo calça jeans, blazer e camisa branca, disfarçando o atraso de uma hora e meia. O atraso foi devido aos ajustes técnicos. Com o rosto visivelmente remoçado, Roberto Carlos repetiu o ritual de sempre: cantou aquelas músicas suaves, falou da superação do TOC antes de cantar Negro Gato, e balbuciou algumas frases de efeito, sem efeito.
Os convidados para duetos com o cantor repetiram o mesmo lero-lero de sempre. “Diante desse público que te ama tanto, eu fico numa emoção enorme”. Babou o ministro da Cultura Gilberto Gil. Envernizado de tantas loas que recebeu ao longo da carreira, Roberto, quase mexendo os ralos cabelos, respondeu ao ministro, antes cantarem No Woman, No Cry, de Bob Marley. “Eu fico num nervoso, que você nem acredita!”. (no fundo dos olhos do ministro, percebia-se que ele dizia: num acredito mesmo.) Já Alcione, outra convidada de Roberto, entrou no clima mandando essa: “Eu estou tão relax e resolvi tomar uma decisão. Vamos aproveitar que eu estou de branco e vamos casar!”. Não sei se foi espontâneo, claque ou outra coisa, mas todo mundo riu. Com o grupo Roupa Nova não foi diferente, os elogios saltaram na direção de ambos os lados. Graças ao talento e ao destaque como Bebel em Paraíso Tropical, Camila Pitanga, atriz de “catiguria”, deu um show à parte. Pela beleza, pelo carisma e pelo dueto insólito, cantou com Roberto Carlos as músicas Olha e Como é Grande o Meu Amor Por Você. Ao apresentar Camila, Roberto ampliou os elogios falando da sua veia noveleira, arrancando automaticamente do público presente, aplausos merecidos para a triz.

AUSÊNCIAS
Duas ausências, sem explicação alguma, marcaram a platéia e certamente irão mexer com o telespectador quando o programa for ao ar. Erasmo Carlos e Wanderléa não participaram do especial. Amigos e companheiros desde o início da carreira, os dois, este ano, terão que assistir ao programa como a sua tia e sua avó, ou seja, do sofá de casa. Sinceramente, os produtores da Rede Globo estão perdendo a noção da palavra atração. No último domingo, o apresentador Faustão entregou no ar a crise que a emissora vem enfrentando com a falta de atrações interessantes, onde o próprio Faustão lamentou o fato de ter que ficar explorando por meia hora, um menino de seis anos que fazia miséria com um teclado. Faustão indignado, seguiu com o menino pelas mãos metros adentro, deixando o sinal falhar, tudo para cobrar um cachê para o virtuoso-mirim dos teclados. Acredito que a causa seja o crescimento abrangente, e a vantagem recorrente que a Rede Record vem obtendo sobre a Globo. É a única explicação plausível para tanto desequilíbrio numa programação que nem é tão difícil de organizar, basta usar dos incomensuráveis recursos que a Vênus Platinada tem a seu favor. Com tudo isso, fica difícil não mudar de opinião.

TV Globo/Renato Rocha Miranda/Divulgação
Sem Erasmo e sem Wanderléa, a atração que há muito deixou de ser unanimidade, fica mas sem graça ainda. Uma saída radical para levantar a audiência do “especial”, seria a produção meter a mão no bolso e contratar a cantora Rihanna para um dueto espetacular com Roberto Carlos. Ela entraria logo no início, cantando Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo, e só voltaria no final, para cantar “Umbrella”. Roberto, imerso em tinta prateada, faria o vocal na parte em que ela canta: ê, ê, ê, umbrella, elá, elá, ê, ê, ê, umbrella. Aí sim, a audiência atingiria aos píncaros, até mesmo os ressentidos da falta dos dois amigos do Roberto, mandariam um ê, ê,ê.

07 dezembro 2007

“SONHAR CONTIGO” GARANTIU O SUCESSO DE ADILSON RAMOS



Adilson Ramos é carioca, mas mora em Recife desde 1983. Iniciou a carreira no grupo Os Cometas, mas o reconhecimento veio tempos depois, na carreira solo com o sucesso da música “Sonhar Contigo”, de sua autoria com seu tio Armelindo Leandro. O disco já vendeu mais de 4 milhões de cópias. O artista conquistou prêmios importantes na carreira, dentre os quais, o Troféu Chico Viola. Com vários discos de ouro no currículo, Adilson é romântico assumido e continua fazendo muitos shows pelo país, principalmente no nordeste.
Adilson Ramos de Ataíde nasceu no dia 7 de abril de 1945, em Campo Grande, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. Aprendeu tocar sanfona com apenas nove anos. Ainda menino ouvia as músicas que tocavam no rádio e em seguida repetia no instrumento, o mesmo som que acabara de ouvir. O pai cada vez mais crente no potencial do filho, matriculou-o numa escola de música. Pouco tempo depois de matriculado no curso, o menino chegou em casa mostrando para a mãe a composição que fizera para ela. Adilson tinha então 11 anos, e data daí sua primeira composição, feita em 1956. O primeiro passo de Adilson Ramos na direção da carreira artística, foi dado em 1957, quando entrou para o Clube do Guri, acompanhado por mais três rapazes moradores de Santa Cruz, bairro vizinho de Campo Grande, bairro em que Adilson morava. Foi também com os mesmos rapazes, que aos 15 anos ele gravou seu primeiro disco, intitulado “Olga”, lançado em 10 de abril de 1960. A carreira seguia de vento em polpa, mas faltava algo para o menino sonhador alcançar seu objetivo, que era tornar-se famoso. Com os demais integrantes do grupo, animava bailes e cumpria uma agenda digna de candidato a astro. Em 1963, aos 18 anos, aconteceu o que ele esperava, a oportunidade para gravar sozinho e se lançar como cantor popular. Coincidentemente foi no dia 10 de abril _mesma data em que gravou seu primeiro disco com a banda_ de 1963, que o cantor lançou seu primeiro trabalho na carreira solo. Uma composição de sua autoria em parceria com o tio, colocou Adilson no topo das paradas das rádios do país inteiro. Sem consciência do tamanho do sucesso que faria com a música "Sonhar Contigo", entrou para a galeria dos autores de músicas inesquecíveis dos anos 60.
“Sonhar Contigo” atravessa gerações e quando menos se espera ela ressurge na voz de outro artista. Não é preciso dizer que Adilson atingiu o alvo como cantor com esta música, mesmo antes dos astros do iê-iê-iê brasileiro darem sinal de existência, ele já estava na história como autor e cantor de sucesso. Além da música na boca do povo, Adilson contou ainda, com o porte de sua beleza física, que atraía fãs para shows e para os corredores das rádios. Sonhar Contigo foi gravada por artistas consagrados da música popular brasileira e de outras nacionalidades. Orlando Dias, Agnaldo Timóteo, Elimar Santos, Tânia Alves e as Irmãs Galvão, são alguns dos artistas que apelaram para o sucesso garantido da composição de Adilson Ramos. Bienvenito Granda, também caiu na tentação e regravou a pérola. Em 1998 "Sonhar Contigo" fez parte da trilha sonora da minissérie "Hilda Furacão" (adaptação de Glória Perez do livro homônimo de Roberto Drummond), da Rede Globo.
Na carreira de Adilson existem hiatos causados por outras paixões do cantor, os negócios. Mesmo fazendo sucesso, em 1967 Adilson deixou de lado a carreira e foi cuidar de suas indústrias de móveis, retornando à gravações somente em 1972, atendendo convite da gravadora Polydor. Na época, o cantor trabalhava na divulgação da música “Fale Baixinho” (versão da música tema do filme O Poderoso Chefão). Dividia as atenções exigidas pelo disco, com os negócios das indústrias. Em 1977, Adilson gravou o disco, que ele próprio chama de disco da sua vida, o LP trazia uma coleção de sucessos do artista dos anos sessenta, puxada pelo hit Sonhar Contigo e mais: Sonhei Com Você, Duas Flores, O Relógio e Tão Somente Uma Vez. Outra vez, mais um disco foi sucesso de vendas.
Na década de 80, tudo indo bem com a carreira, ele resolveu mudar de estado, deixando São Paulo, cidade onde morava ha muitos anos, para morar na capital pernambucana em 1984. Escolheu Recife para morar porque devido a quantidade de shows que fazia no nordeste, pouco ficava em São Paulo. No mesmo ano lançou pela gravadora RCA, o LP “Em Nome do Amor”. O disco emplacou 8 faixas nas rádios e mais uma vez o cantor viu-se em evidências. No ano seguinte, em 1985, os fãs do cantor comemoraram o sucesso do disco mais expressivo de Adilson Ramos na década de 80. O LP (RCA) trazia a música “Só Liguei Porque Te Amo”, versão da música I Just Call To Say I Love You, de Stevie Wonder. A música do cantor americano estava estourada com o sucesso do filme A Dama de Vermelho. Adilson vendeu muitos discos e sua música tocou nas rádios do país inteiro.
Adilsom Ramos é muito solicitado para shows no Brasil, realiza em média três shows por semana. Além dos fãs espalhados pelo mundo, é muito querido pelo povo nordestino e aplaudido por platéias de até 55 mil pessoas por shows.
ALGUMAS OBRAS DO ARTISTA
1986 LP O Iluminado (A Chuva Me Lembrou Você)
1989 LP O Carismático (Continental). O cantor presta homenagem ao ídolo Altemar Dutra, gravando Tudo de Mim, Que Queres Tu de Mim, Maria Helena e Sentimental.
1994 CD Sempre Romântico (BMG Ariola). CD comemorativo pelos 34 anos de carreira de Adilson Ramos. Disco em catálogo com 24 sucessos da carreira do cantor.
1994 LP Boleros e Boleros (Warner Continental). Produzido por Paulo Rocco, descobridor de Adilson, o LP reúne músicas consagradas como Brigas, Você Ainda Mora em Mim, Eu Vou Ter Sempre Você, Contigo Aprendi, A Porta, entre outras.
1996 CD "20 Super Sucessos de Adilson Ramos". Com novos arranjos, alguns clássicos da música romântica brasileira como: "Quem é", "Negue", "Ninguém é de Ninguém", "Meu Nome é Ninguém", "Tortura de Amor", "Como Vai Você" e outros sucessos internacionais como: "La Barca", "Unchained Melody", "Recuerdos de Ipacaray". Mais um marco na carreira, que o colocou como recordista de vendas dessa série, "20 Super Sucessos", tanto que foi convidado a fazer um outro: "20 Super Sucessos Volume 2".
1998 CD "20 Super Sucessos Volume 2", no qual, além de alguns sucessos de sua carreira, presta homenagens a vários colegas seus como:Reginaldo Rossi, Jamelão, Moacyr Franco, Lulu Santos, Renato e Seus Blue Caps, Roupa Nova e outros.
1999 CD ao vivo, "Eu e Vocês". Gravado na Fun House, uma das maiores casas de shows do Brasil em Recife. No disco, além dos grandes sucessos ao longo dos 39 anos de carreira, como "Olga", "Sonhar Contigo", "Sonhei com Você", "O Relógio", "Perfídia", "Lêda", "Solidão", "Só Liguei Porque Te Amo" e muitos outros, Adilson Ramos homenageia artistas como:Evaldo Braga, interpretando o sucesso "Sorria Sorria", Paulo Diniz, com a canção "Pingos de Amor", Alexandre Pires com "Esta Tal Liberdade", e seu grande amigo Altemar Dutra, cantando as músicas "Brigas", "Que Queres Tu de Mim" e "Sentimental Demais". Homenageia ainda o grande Waldick Soriano, com a música "Tortura de Amor". Relembra ainda o movimento Jovem Guarda, cantando"Esqueça", "Pode Vir Quente" e "Era um Garoto que como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones".
1999 CD Millenniun (Polygram Universal). Coletânea com grandes sucessos.
1999 CD Grandes Sucessos de Adilson Ramos (BMG Ariola) Coletânea.
2000 CD "Pelo Amor de Uma Mulher” (Sony Music). Comemoração dos 40 anos de carreira de Adilson Ramos. Seis canções inéditas foram escolhidas: "Telefonema", "Coisas de Nós dois", "Debaixo dos Lençóis", "Vou Seguir Meu Coração", "Eu Me Encontrei em Você" e a canção que dá título ao CD "Pelo Amor de Uma Mulher" música cantada por Adilson e o compositor da mesma Michael Sullivan. Faixas com grandes hits da música popular romântica como:"Que Será" de Dalva de Oliveira, "Pensando em Ti" e “Onde Estás Agora” de Anísio Silva, "Aparências" de Márcio Greyck, "Sombras" e "Beijo Gelado" do saudoso José Augusto grande sucesso na década de 60. "Verônica" de Maurício Reis e ainda "No Toca-fitas do Meu Carro" de Bartô Galeno.
2001 "2 LPs em 1 CD". No Volume 1 os LPs "Sonhar Contigo" e "Sempre Contigo".
(BMG). No Volume 2 "Feliz por te amar" e "Vou Sair dos Lábios Teus". Uma festa para colecionadores e para os fãs de Adilson Ramos.
2001 CD Popularidade Adilson Ramos (Warner Music). Coletânea.
2001 CD Quatro em Um (BMG). Coletânea.Carlos Gonzaga e Márcio Greyck. Fernando Mendes e Adilson Ramos.
2001 CD Adilson Ramos - Muito Romântico (Polymusic) Coletânea.
2002 CD O melhor de Adilson Ramos (Paradox) coletânea.
2003 CD Corpo, Alma e Coração. Com 15 músicas inéditas e 2 faixas interativas.
Adilson Ramos na rede http://www.adilsonramos.com.br/

Relembre a estreia de Ricardo Braga e a opiniäo de Roberto Carlos em 28/05/1978

A estreia da cantora Katia em 1978 cantando Tão So

Mate a saudade de Nara Leao cantando Além do Horizonte em 1978

1 em cada 5 Brasileiro preferia o THE FEVERS 26/11/1978

Elizangela canta Pertinho de Você no Fantástico em 1978

Glória Pires e Lauro Corona cantam Joao e Maria

CLA BRASIL E MARINÊS

DOCUMENTÁRIO SOBRE EVALDO BRAGA / 3 PARTES - ASSISTA NA ÍNTEGRA

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