24 dezembro 2008

FELIZ NATAL AO LEITORES E AMIGOS DO BLOG


PAULO SÉRGIO DE PAPAI NOEL TEM A CARA DO BRASIL - Parece que foi ontem quando resolvi fazer o primeiro post e publicar na rêde, mas foi em outubro de 2006, desde esse dia tenho tido o prazer da companhia constante dos aficcionados por música popular. Aproveito para agradecer o apoio, as idéias, as críticas e principalmente aos amigos. Não é fácil manter um blog e muito mais difícil ainda, é manter quatro e fazer contato quase que diariamente com os leitores diversificados. Contudo, a diferença tem sido a melhor coisa para mim, pois se de um lado tem o leitor sedento por informações, do outro lado se manifesta o leitor colaborador, mandando suas dicas e sua opinião sobre o blog.


Aqui no blog, os artistas mais procurados no ano de 2008 foram: Diana, Ronaldo Adriano, Carlos Alexandre, Miss Lene, Bianca, Evaldo Braga e Waldick Soriano. O nome da cantora Diana foi quem trouxe o primeiro leitor para este blog, e até hoje continua sendo o nome mais pesquisado pelos visitantes. Tive a oportunidade de compartilhar com a artista, que ficou muito feliz por receber o carinho e interesse do público, mesmo diante de tantas dificuldades que o mercado enfrenta. Carlos Alexandre, que já não está aqui na terra, também é muito procurado no blog. Entre os leitores interessados na história do cantor potiguar estão os seus filhos, a quem eu agradeço desde já. São interesses distintos que trazem os leitores até aqui, mas tenho certeza que o objetivo é o mesmo, ou seja, a música popular do Brasil.


Quero agradecer aos blogueiros que tiveram a ousadia de indicar aos seus leitores o meu simples bloguinho. Blogueiros e jornalistas como: Alexandre Inagaki, Mari Valadares, Djair (Túnel do Tempo), Tibério, Thiago de Goes, Wilde Portela, o jornal Extra (pelo convite que deixou-me muito feliz), Gilberto Ivo (site do Paulo Sérgio), Adelina (site oficial do Paulo Sérgio), Senhor F. (site), Gafieiras (site), Mallu Magalhães (my space), e ao pessoal das comunidades do Orkut, que indicou o blog pra muita gente boa. A todos meu agradecimento. Obrigado leitores fiéis, vamos continuar na luta pela música popular e pela memória de quem fez e faz música. Pessoas não citadas, pelo bem da música, peço perdão, mas é em plena correria de natal que faço tudo ao mesmo tempo já. Conto com a compreensão, afinal de contas são muitos incentivadores.


Feliz Natal! Paz e prosperidades na presença do dono da festa: Jesus Cristo.

20 dezembro 2008

O CRONISTA MUSICAL ESTÁ DE VOLTA MONTADO NO SEU CD TRIBUTO


O blog não poderia trocar de ano sem falar de Odair José, ícone da música popular do Brasil que já viu seu nome brilhar nos mais diversos letreiros espalhado pelo país. A foto acima é da revista Contigo, ano 73, na ocasião Odair José foi capa da revista com esta chamada "Nasce um ídolo", se você ampliar a foto vai ler que ele foi o único artista a vender tanto ou mais que Roberto Carlos. Odair José é aquela figura tímida, que não gosta muito de aparecer, mas que tem sempre algo para apresentar. Na trajetória do cantor as notícias ganham manchetes musicais, sem medo de errar, afirmo que Odair José é de fato o maior cronista de cotidiano que o país tem, há outros, mas Odair é o maior. Inseriu sem constrangimento a sogra, a prostituta, a vida sexual dos pais, o casamento, o divórcio, o parto, a felicidade, a mulher adúltera e por aí vai.

O CD TRIBUTO ESTÁ DE VOLTA E DESSA VEZ VOCÊ VAI COMPRAR, PROVE QUE VOCÊ REALMENTE GOSTA DA OBRA DE ODAIR JOSÉ


A OPINIAO DE ODAIR JOSÉ SOBRE O CD TRIBUTO

Quando estive com Odair José em 2006, em Brasília, na ocasiao para uma bela e agradável entrevista, o tributo era a notícia do mês, só se falava sobre o cd da Allegro Discos, Odair era a pauta da hora. Todo mundo estava falando bem e, o que pensava o homenageado? O que isso acrescentaria para a sua carreira tao extensa e já glorificada por sucessos e vendagens fenomenais? Era fato que o cantor estava muito esquecido pela mídia, tendo em vista que já foi assunto semanal nas principais revistas que cobriam o mundo das celebridades dos anos 70 e 80. Discretamente perguntei sem muita ênfase na pergunta: Gostou do cd Tributo a Odair José? "É um disco muito bem feito. De início, eu achei a idéia meio inocente, fazer um tributo a Odair José com bandas de rock independentes. Depois que eu ouvi, fiquei extremamente surpreso, não sei como conseguiram fazer do meu repertório, que nem é tanto, ficar tanto. É muito bem feito. Só é encontrado nas lojas chiques. É coisa para público A (risos). Eles descobriram músicas que cantei, e que algumas só cantei em estúdio, são apenas quatro músicas famosas, outras eles descobriram na pesquisa deles. Eu falei para o Sandro que teve a idéia de fazer o tributo, que tributo é pra quem já morreu. Dias depois eu sofri um acidente na piscina de casa e quase morri, fiquei dois meses em como, quando sai, disse que era o pessoal do tributo que já tinham previsto a minha morte". Foi assim, com a maior cara de felicidade, mas sem perder a sua marca de homem tímido, que ele falou sobre vida e morte num único assunto que move sua vida, a música.

ALLEGRO DISCOS FORTALECE A CULTURA COMO UMA PILASTRA LISTRADA (quero dizer que ela chama atençao)

Do outro lado da vida agitada do cantor goiano, uma luz ascende rumo ao topo da memória midiática para luzir o brilho de uma estrela que estava um pouco apagada, depois do polimento e de muita pesquisa, surge do fundo da história, da gaveta emperrada e posso dizer também, da mente de um jovem produtor, desses que refletem as mudanças do mercado fonográfico atual, a idéia de resgatar um gênio popular, um cronista musical que musicou tanto o fracasso como o idílio amoroso dos brasileiros. Sandro Belo é uma das colunas que sustentam o novo painel da música brasileira atual, representa a Allegro Discos que produziu e lançou no mercado o cd tributo a Odair José. Esta semana, em conversa por e-mail, com Sandro, perguntei sobre o cd e o relançamento. "Lembrando que em 2007 o mesmo CD tributo a Odair José recebeu o prêmio de melhor disco / projeto especial da APCA / SP e recentemente, figurou no livro organizado pelo Charles Gavin "300 discos importante da música brasileira". Comemora Sandro, praticamente contando mais uma vez com o sucesso que o cd fará na praça.

Como a Allegro Discos recebeu o prêmio da APCA, referente ao disco Tributo a Odair José?
Na verdade eu esperava que o trabalho fosse reconhecido, mas não tão depressa. Imaginava que teria críticas favoráveis mas não me passava pela cabeça receber este prêmio da APCA, o qual muito me orgulha. Sem contar grandes matérias em jornais, revistas, blogs, sites etc.

Você pode dizer quantas cópias foram vendida do disco no ano do lançamento?
O disco vendeu a primeira tiragem (3.000 cópias) em 2006 e mais 2000 cópias em 2007.

Qual a importância da obra do Odair José e o que ela representa para os novos músicos?
Creio que esta barreira que se criou entre a música "cafona" e a MPB é baseada muito em preconceito, mas não quero dizer que toda música rotulada de "cafona" tenha qualidade, mas sim dentro deste gênero existem sim muita produção excelente. Odair derrubou muitas barreiras e uma que podemos destacar é que ele foi o precursor duas décadas antes dos chamados discos acústicos, basta se ouvir com certa atenção o disco maldito "O Filho de Maria e José" de 1977.

ODAIR JOSÉ CADA VEZ MAIS CULT

Mas nao é só isso, Sandro apresenta mais uma novidade e esta nem o próprio Odair está sabendo, a música "Eu, você e a praça" foi inserida na trilha sonora do filme "Carmo", que descreve a louca história de amor entre uma jovem interiorana (Mariana), que sonha com emoções fortes. O roteiro, inspirado em um caso real, reproduzido em um jornal paulista, acrescenta detalhes inesperados, como o fato de o anti-herói andar em cadeira de rodas. Na longa jornada comum, o casal de errantes topa com outros tipos estranhos, como dois bandidos extravagantes, interpretados por Seu Jorge e Márcio Garcia, e um músico de bar de beira de estrada, vivido por Zeca Baleiro (O compositor também escreveu canções para a trilha sonora). Carmo fez sua estréia mundial no Festival de Varsóvia, em outubro. A participaçao no Sundance pode ser vista como a plataforma ideal para o início de carreira do filme nas Américas. Sandro Belo diz "O Odair ainda não sabe, mas é mais um reconhecimento ao imenso talento do mesmo". O diretor Murilo Pasta hesita na hora de apontar uma nacionalidade dominante em Carmo, co-produção entre o Brasil, a Espanha e Polônia, que representará os três países no Sundance Film Festival, o maior festival independente do mundo, de 5 a 15 de janeiro. Rodado entre Corumbá, em Mato Grosso, e São Paulo, com um elenco que combina atores espanhóis e brasileiros, como Mariana Loureiro (Abril despedaçado), Márcio Garcia e Seu Jorge, o longa-metragem será exibido na mostra competitiva World Cinema.

MAIS NOVIDADES

Odair José também vai estrear em breve no cinema, o diretor Armando Mendes está empenhado na finalizaçao do documentário que o diretor chama de conversa de compadres. "Meu doc com ele é praticamente o Odair por ele mesmo. Ele não quis mostrar a família e respeitei. Esse filme será o oposto do Evaldo Braga: enquanto nesse último só tínhamos fotos para usar e ele já havia morrido, então são pessoas falando dele, no caso do Odair vai ser ele falando dele, de música e de coisas variadas. Gravei uma ida dele à Colatina, para um show, onde enfoquei mais os bastidores do que o show em si, gravei com ele em estúdio voz e violão, um formato do tipo do Ensaio - do Faro - e gravei na casa dele - quase uma conversa de compadres". Armando, assim como Sandro Belo, também faz parte da nova cara da arte no Brasil, podemos tomar como partida, o DOC sobre o Evaldo Braga (disponível aqui no blog, lá embaixo) que sem dúvida alguma revela as intençoes e a produtividade de Armando. Agora é só aguardar o filme e depois correr pro cinema.

NAO DEIXE DE OLHAR ODAIR JOSÉ EM ENTREVISTA COM LORENA CALÁBRIA

Uma das melhore entrevista feitas com Odair

Primeira parte http://www.mundorecordnews.com.br/play/5a6bcc4f-3d6d-4eb2-af03-ba82381d4ead

Segunda parte http://www.mundorecordnews.com.br/play/364001b3-678b-4573-a04e-f196e7246e14

Terceira e última parte http://www.mundorecordnews.com.br/play/004c05e4-d1d9-40e3-99eb-fadcad7d1cad

p.s. me desculpem pela fata de alguns acentos no texto, problemas com o teclado.

14 dezembro 2008

VELHAS NOVIDADES COM LEONARDO SULLIVAN, ISOLDA, JÚLIA GRACIELA E CARLOS ANDRÉ

Depois da derrocada das grandes gravadoras ficou muito difícil nossa relação com o CD, alguns custam muito caros, outros ninguém encontra nas lojas e tem aqueles que aparecem do nada, sem que a gente fique pelo menos sabendo do lançamento. Mas sempre vai existir um CD - velho ou novo - esperando por você numa loja distante ou do lado da sua casa. Sai de casa para comprar uma agulha para meu toca-discos e eis que encontro numa única loja do centro do Rio, quatro pérolas que fazia tempo não encontrava. Leonardo Sullivan era um dos artistas que estava faltando nas lojas, ainda continua faltando, mas por sorte eu o encontrei dando sopa por uma dezena de real. Correnteza de Emoção é um CD gostos de ouvir, pois quem não gosta da voz inconfundível do Leonardo é porque nunca viajou pelo Nordeste, ou porque não gosta de músicas românticas. São 17 músicas para aplacar a vontade e suprir a carência da voz rouca do pernambucano. Velhos sucessos estão de volta com uma roupagem não muito diferente das outras versões, mas muito originalmente bem interpretadas pelo cantor, músicas como Aparências (Cury / Ed Wilson), Outra Vez (Isolda), que já foi imortalizada por Roberto Carlos mas tem sua melhor interpretação na voz da cantora baiana Simone, Memórias, do próprio Leonardo, e que Fafá de Belém já fez todo mundo cantar. O cantor encerra o CD com um desfile surpreendente, que inclui a maravilhosa Tortura de Amor, do grande Waldick Soriano. A direçao artística é de Assis Cavalcanti (falarei mais sobre ele a seguir) e a produção do próprio cantor. Recomendo o CD pelo simples fato de Leonardo ser amado do público, e tê-lo na estante é sempre um prazer, ouvindo então... http://www.leonardosullivan.com.br/

Outro achado foi o CD da Júlia Graciela, cantora argentina que fez muito sucesso no Brasil no começo dos anos 80 com a sensual Anúncio de Jornal. Júlia brilha hoje no México, onde mora com sua família. O pai, Gabino Correa já esteve aqui no blog é só procurar. O CD tem no título Triste Saudade, o tom que o ouvinte vai encontrar. A direçao artística é do grande Jairo Pires, a produção do pai da cantora. O CD de 2006, foi distribuído pela Videolar e traz 12 músicas que revelam o tom e a suavidade da voz de Júlia. A cantora Júlia Graciela é muito procurada pelos leitores aqui do blog, que não esquecem das participações da artista no programa do Chacrinha, e por falar no velho guerreiro, foi ele quem lançou Júlia. Fiz uma entrevista com a cantora por e-mail, mas não posso compartilhar com o leitor, pelo menos agora, pois faz parte do livro inédito que estou concluindo para breve. Saiba mais em http://www.juliagraciela.com.mx/ vai lá e mata a saudade.

Quem não se lembra de Isolda? Eu sei que muita gente nem sabe quem é, mas não os leitores deste blog, que amam músicas românticas e já ouviram e muito a canção Outra Vez, que começa assim Você foi... e termina dizendo ...Outra vez. Uma das mais belas canções já escrita em português, Isolda rasgou o Brasil de ponta a ponta e também consolou muitos corações feridos pela paixão. Quem nunca ouviu Outra Vez? Palmas para Isolda e para o CD que encontrei, sinceramente me surpreendeu do começo ao fim, não tinha contato com sua obra fazia muito tempo, mas sempre senti sua falta, assim como a falta de seu irmão Milton Carlos, que sabia fazer letras perfeitas para quem gosta do gênero apaixonado pela vida e suas nuances. Tudo Exatamente Assim é o título do CD de Isolda, com 12 faixas que farão o ouvinte entender o universo de uma poeta da música brasileira. A cantora produziu e investiu no seu próprio disco. Isolda tem site http://www.isolda.mus.br/ vai lá mas volta em seguida para concluir a leitura.

Por último, uma decepção. Estava querendo ouvir Carlos André, cantor, produtor, compositor e amigo do pessoal do disco. Certamente se você tem discos de vinil em casa, tem o nome do cantor em algum, tanto como Carlos André ou como produtor Oséas Lopes, ele faz parte da história da música popular do Brasil. A decepção é em relação a esta coletânea 20 Super Sucessos, que além de ter um repertório péssimo, tem regravações ridículas que ofendem ao próprio artista. A seleçao fica por conta de Assis Cavalcanti, que não conheço, mas seu trabalho fica perdido no arrependimento de quem compra um disco esperando que é uma coisa e é outra totalmente absurda. Não recomendo nenhum título dessa coletânea, o que fizeram com a obra do Carlos André é um insulto, chega a ofender. Decepção ainda maior, tive quando comprei a primeira dessa coletânea com Paulo Diniz. Escolheram os piores momentos de artistas que amamos, registrando o que há de mais ordinário na carreira dos artistas retratados. Os artistas são inocentes querem sempre dar ao público o que eles têm de melhor. Pro lixo, já.

Comente. O pior comentário vai receber em casa o CD do Carlos André por minha conta. Vale somente até 15 de janeiro de 2009.

09 dezembro 2008

PERLA, NOSSA DIVA PARAGUAIA

1980

1980

1979

1978

1977

1976

Atendendo ao leitor paraguaio, que depois da descoberta do blog não quer saber de mais nada, publico aqui as capas dos LP's da cantora Perla que fazem parte da minha coleção particular. Javier mora em Assunção, no Paraguai e só veio ter contato com a obra da cantora conterrânea quando esteve no Brasil em 1987, para prestar vestibular para odontologia, como não passou, retornou ao seu país. Javier lamenta não encontrar com facilidades em seu país, os discos da Perla. Há três meses ele pede, mas somente agora encontrei tempo para digitalizar as capas.

Perla faz parte do no nosso imaginário musical, assim como Roberto Carlos para as canções românticas (apenas as dos anos 70). Todo mundo que curte os hit's dos anos 70 já ouviu a paraguaia cantando suas músicas maravilhosas com voz ídem.

Não vou relacionar o repertório, mas o leitor pode clicar na foto e ampliar para poder ler melhor. Só para esclarecimento próprio, você já parou para ouvir Perla? Qual música cantada por ela faz parte da sua memória? Comente

08 dezembro 2008

WANDERLEY CARDOSO LEVA PÚBLICO AO DELÍRIO EM TERESINA



A notícia vem diretamente do Piaui, enviada pelo leitor especial, que eu tive o prazer de conhecer pessoalmente quando estive este ano em Teresina. Titá, conhecido e bem informado amante da boa música, presenciou a recente apresentação de Wanderley Cardoso na capital da Cajuína e compartilha com os demais leitores do blog. Assim chegou a notícia:


"Quero noticiar que o Wanderley Cardoso esteve recentemente em Teresina, no dia 18 de novembro último se apresetando no Teatro Quatro de Setembro, com casa cheia. Sempre muito apludido pelo público entusiasmado. Fiquei impressionado com a performance do cantor. E que voz! Até parece que está melhor. Cantou muitos sucessos, fazendo o público delirar. O nosso país é muito engraçado; em qualquer lugar do mundo um cantor do porte de Wanderley não ficaria tanto tempo na geladeira, não só pelo seu talento, mas também pelo que representa diante do cenário histórico de nossa música popular. Depois de muito padecimento e ostracismo, fiquei muito feliz com a sua volta."
É isso mesmo, Titá tem razão, tratando-se de Wanderley, não importa seu repertório, mas sua história brilhante e intensa na música popular do Brasil. Valeu Titá e sempre que puder, colabore com o blog que está aberto para sua colaboração, é só pedir a senha.

01 dezembro 2008

ODAIR JOSÉ CHEGA AOS 60 ANOS COM TRAJETÓRIA RECONHECIDA, FAZENDO NOVOS FÃS E NOVAS MÚSICAS.




Não é fácil completar 60 anos de idade (agosto de 2008) no Brasil e principalmente 40 anos de carreira e o que é mais difícil ainda, fazer sucesso sempre. Odair José já faz parte da história da música popular do Brasil desde que saiu de Goiânia para conquistar seu lugar no seleto clube dos maiores vendedores de discos do Brasil, para isso ele enfrentou os porteiros e os seguranças das gravadoras, em especial a CBS, única gravadora que ele pediu para entrar, pois depois dela _enquanto durou o reinado das gravadoras no Brasil_ seu passe sempre foi valorizado e todas queriam tê-lo em seus casts. Quando teve oportunidade de fazer seu primeiro registro fonográfico em 1969, interpretando Minhas Coisas, composição de Rossini Pinto, sua vida mudou da noite para o dia, a porta se abriu para ele entrar e ditar o sucesso popular no Brasil. Foi no LP As 14 Mais, coletânea das mais desejadas por qualquer artista, que ele pôde fazer uma demonstração do que seria capaz de fazer. Com apoio de Rossini Pinto, mais a força produtiva de Raul Seixas, sua obra criou asa e em pouco tempo já voava por todo o território nacional.
Quem só conhece o Odair José das baladas consagradas como o hino da pílula, da ode às prostitutas com Vou Tirar Você Desse Lugar, de outro hino igualmente popular como a canção que desvenda o que é felicidade, sabe muito pouco do artista. Não basta baixar os discos em MP3 disponíveis na rede, é preciso comprar seus discos de vinil e conhecer seus produtores, músicos e arranjadores, só assim pode-se chegar perto do que realmente representa Odair no cenário artístico nacional. Falar de Odair nos dias de hoje, sem pesquisar nos registros sobre o quanto ele ainda é representativo no mercado fonográfico, é escrever sem compromisso algum de informação. Tem que falar que ele era o mais temido concorrente de Roberto Carlos (e não Paulo Sérgio), que todas as gravadoras ficavam de olho no que ele estava para lançar em discos, que até uma topada no dedo, era explorada pela mídia de um modo geral. Quando Odair José resolveu celebrar uma missa no centro do Rio de Janeiro para agradecer pelo sucesso em 1973, o centro comercial do Rio parou literalmente. A igreja que fica no SAARA, nunca havia recebido um fiel tão famoso e capaz de fazer os comerciantes baixarem as portas somente para ver o ídolo de perto. Todas as revistas e jornais noticiavam a rotina do artista e no episódio da missa, todo mundo ficou sabendo através das emissoras de rádio e TV que faziam cobertura ao vivo do local, sem falar que as principais revistas cobriram o acontecimento. Tudo bem que fama não representa muito para um artista, mas olhar para o passado e ler nos arquivos sobre seus feitos poderosos, isso certamente floreia qualquer trajetória vivida.

ETERNIZADO PELA REVISTA ROLLING STONE


A revista Rolling Stone realizou uma magnífica pesquisa para chegar aos 100 maiores artistas da música popular brasileira, seria injusto e vergonhoso se depois de uma história singular Odair José não fosse ao menos citado. Pois muito bem, ali está o homem que emplacou dezenas de sucessos e que é dono de um patrimônio invejável na música popular, o seu próprio nome. Odair José é uma referência para quem quer falar do Brasil contemporâneo sem omitir quem realmente está fazendo a história. Na pesquisa da revista o cantor ocupa a 74 posição, atrás de Marcelo Camelo e Marcelo D2 e na frente de Zeca Pagodinho e Francisco Alves. O centésimo é o DJ Marlboro.


Odair José não precisou mudar de estilo e nem deixar de fazer o que sempre gostou de fazer, somente para agradar críticos ou gravadoras. Quando aceitou cantar com Caetano Veloso em 1973, no evento Phono 73, foi por insistência de Caetano e não porque desejou cantar com o músico baiano, quando resolveu modificar seu repertório e fazer um disco à sua maneira em 1977, todos comentaram sua guinada musical. Ele escreveu uma ópera para com ela rodar o Brasil mostrando o drama de um filho em O Filho de José e Maria. Com arranjos de base próprios, Odair ainda assumiu o violão e guitarra, contando ainda com Hyldon, Durval Ferreira, Dom Charley, Robson Jorge e superprodução. A direção de estúdio ficou por conta de Guilherme Araújo, empresário que lançou Gal, Caetano e muitos outros artistas. Claro que foi um fracasso comercial, pois até então Odair era quem melhor falava sobre o cotidiano, deixando Chico Buarque perdido com suas estórias ipanemenses, de repente partir para ópera?. O povo não entendeu, os críticos muito menos e o próprio Odair amargou um prejuízo cavalar. Trinta e um anos depois, o disco é hoje um dos mais procurados por colecionadores que chegam a pagar até 100,00 pela raridade. O disco é muito bem produzido e mostra um artista correndo para ganhar vôos mais altos, uma demonstração de que se pode mexer em time que está ganhando sim.


Novidades estão vindo por ai, além do documentário que está sendo feito sobre Odair José, o cantor prepara novo CD para breve. Não deixe de comprar os discos (LP) de Odair José, se você gosta de música boa e tocar na história bem de perto, adquira os discos originais enquanto se pode achá-los, pois está cada vez mais escasso encontrar um Odair José dando sopa por aí.





Quero sua colaboração. Você pode deixar um recado dizendo qual a música do Odair José que você mais gosta? Você já ouviu o LP O Filho de José e Maria?

Relembre a estreia de Ricardo Braga e a opiniäo de Roberto Carlos em 28/05/1978

A estreia da cantora Katia em 1978 cantando Tão So

Mate a saudade de Nara Leao cantando Além do Horizonte em 1978

1 em cada 5 Brasileiro preferia o THE FEVERS 26/11/1978

Elizangela canta Pertinho de Você no Fantástico em 1978

Glória Pires e Lauro Corona cantam Joao e Maria

CLA BRASIL E MARINÊS

DOCUMENTÁRIO SOBRE EVALDO BRAGA / 3 PARTES - ASSISTA NA ÍNTEGRA

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