19 março 2008

PENINHA. UM COMPOSITOR SONHADOR



PENINHA CONQUISTOU O RECONHECIMENTO DA CLASSE
Aroldo Alves Sobrinho, conhecido apenas por Peninha, está entranhado nos anais da música popular do Brasil como autor e intérprete da música “Sonhos”, mas não pense que foi apenas Sonhos que o fez ser reconhecido e respeitado no cenário da música popular. filho de pais cearenses, desde pequeno ele tinha o sonho de tornar-se cantor, contrariando os pais que preferiam ter no filho, o engenheiro, ou o enfermeiro, profissões que para eles, ofereciam muito mais segurança. Começou a compor aos 15 anos (hoje ele tem 55 anos), aos 18, em 1971, Antonio Marcos gravou três músicas de Peninha, sendo que apenas uma, Dia-a-Dia, era de autoria de Peninha, as outras duas foram compostas por ele em parceria com Totó, o amigo de longa data que lhe deu o apelido Peninha, devido aos 50 quilos do cantor. Nem mesmo a gravação de Antonio Marcos, já um ídolo da canção popular, foi capaz de emplacar com as composições de Peninha. Depois vieram Vanusa, Ronnie Von, e Christian, mas nada aconteceu de extraordinário. Antonio Marcos gravaria mais uma vez, outra composição assinada por Peninha, a música “Era Sábado”(Antonio Marcos-Totó-Peninha) foi incluída no LP Antonio Marcos, de 1973. Um dos discos mais vendidos da carreira de Antonio Marcos, devido aos sucessos alcançados com as consagradas músicas “O Homem de Nazareth”, e “Como Vai Você”, mas a composição de Peninha passou batida mais uma vez.
Até alcançar o sucesso, Peninha lutou muito para ter seu nome reconhecido no mercado fonográfico. Entre 1972 e 1973, na gravadora RCA, fez seu primeiro registro fonográfico com a música “Grilo”, outra vez nada aconteceu. Grilado da cabeça, querendo entender o motivo de tanta resistência por parte do sucesso, partiu para a gravadora Phonogram em 1975. Lá ele gravou “Maquinas” e “Peso do Tempo”, não conseguiu atingir a meta de vendagem, mas o disco foi bem executado nas rádios e, pela primeira vez sentiu o gostinho do sucesso. Ainda não foi dessa vez, poucas pessoas no Brasil sabiam quem era Peninha.
A grande reviravolta na trajetória do batalhador aconteceria em 1977, ano em que o jovem apaixonado levou um tremendo fora da namorada. Deitado em sua cama, olhando para o teto abraçado ao violão, dedilhou baixinho em si menor cantando:
(...) quando o meu mundo era mais mundo / e todo mundo admitia / uma mudança muito estranha / mais pureza / mais carinho / mais calma / mais alegria / no meu jeito de me dar / quando a canção se fez mais forte / mais sentida / quando a poesia realmente / fez folia em minha vida / você veio me contar dessa paixão inesperada / por outra pessoa. / Mas não tem revolta, não / Eu só quero que você se encontre / Ter saudade até, que é bom / É melhor que caminhar vazio / A esperança é um dom / Que eu tenho em mim...
Tudo ia saindo muito baixinho, pois o pai do rapaz levantava cedo para trabalhar. E assim nasceu “Sonhos”. Peninha teve dificuldade de mostrar a música para o pessoal da gravadora em outro tom que não fosse o tom baixinho que havia feito em casa, mas logo ao cantar, todos gostaram e apostaram no sucesso de Sonhos. A comemoração veio logo depois do lançamento do disco, foram 400 mil cópias vendidas em três meses. Sonhos foi também a música brasileira mais tocada do ano.
Depois do sucesso de Sonhos, tudo ficou mais fácil para o artista Peninha. Em 1978, emplacou mais um sucesso “Que Pena” (Peninha – Roberto Livi). No ano de 79 foi bem mais fácil, pois o povo não encontrou dificuldades para curtir “Jogo Sujo” (Peninha). A partir do sucesso que alcançou com a composição Sonhos, Peninha ganhou respeito e admiração da classe artística. Nos anos 80 o cantor emplacou vários sucessos, estando presente na programação das rádios e da televisão. Como aconteceu com todos os artistas do segmento romântico, nos anos 90 não foi fácil pra ninguém, nem mesmo para quem já estava acostumado a fazer um sucesso atrás do outro. Década cruel para quem romantizou o Brasil nas brechas do rock progressivo, e durante a febre da discoteque dos anos 70. Década em que outra galera romântica ganhava seguidores e fãs, década de Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano, e da musa sertaneja Roberta Miranda.
Peninha só voltaria a ser lembrado e tocado novamente pela mídia, quando Caetano Veloso resolveu gravar “Sozinho”, grande sucesso na voz do autor e que, por outro lado apresentaria Caetano para um público que ele nem sabia que sempre teve, o povão, que comprou os discos do baiano até aos píncaros do suportável.

5 comentários:

Anônimo disse...

peninha gosto muito muito muito de suas musicas voce é meu [SONHO] eu te adooro voce é um super cantor, compositor e tambem é lindo

gokuzeladop disse...

Quero muito saber o nome e a letra completa de uma musica do Peninha....quem puder me ajude...
Este quadrado do canto da sala , não falam de nada que eu preciso ouvir, essa procura no meio da noite provoca na gente um cheiro de fim...voce sabe mais dos galas das novelas do que meu esforço para lhe sustenta....
Laurita

Anônimo disse...

Eu quero saber quem regravou a música sonhos na versão rock em meados dos anos 90, tocava muito nas fm's, quem souber, favor responder no face : Marcelo marido de aluguel (ribeirão preto)

Leandro PY2LRB disse...

Eu também procuro essa versão, mas não encontro!

Anônimo disse...

Gostaria de saber se o cantor peninha antes da fama trabalhou em alguma firma petroquimica

Relembre a estreia de Ricardo Braga e a opiniäo de Roberto Carlos em 28/05/1978

A estreia da cantora Katia em 1978 cantando Tão So

Mate a saudade de Nara Leao cantando Além do Horizonte em 1978

1 em cada 5 Brasileiro preferia o THE FEVERS 26/11/1978

Elizangela canta Pertinho de Você no Fantástico em 1978

Glória Pires e Lauro Corona cantam Joao e Maria

CLA BRASIL E MARINÊS

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