05 janeiro 2009

DEPOIS DE "CHUPA QUE É DE UVA" O QUE VOCÊ ESPERA PARA A MÚSICA POPULAR EM 2009?


Como vai ser, musicalmente, o ano de 2009?
Depois do fenômeno “Chupa que é de uva”, que foi o hit (forçado) de 2008, que entrou reduzindo a nada a já tão renegada música popular do Brasil, espero que que os jovens que sonham com um lugar no palco, como realização profissional, produzam obras dignas de sobrevivência, pois nossos ouvidos já não aguentam mais tanta porcaria. Chega de tolerância com o intolerável, não dá pra não comentar. Infelizmente esse tipo de “coisa” vem do Nordeste do Brasil, região que já mandou para o mundo um exército de talentos ritmados no forró que nos orgulha só em falar os nomes de Marinês, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Coronel Ludugero, Elino Julião, Abdias, e os trios da vida, ou seja, o autêntico forró, não que o novo nos cause espanto, mas frases como chupa que é de uva, é velha, pois esse tipo de lixo pornográfico sempre rondou de perto a nobreza da música regional. Acredito que essa fatia da música que mistura ritmos de teclado e zabumba com bateria eletrônica piorou quando o cantor Frank Aguiar (que não canta nada, e que pode até ofender cantores de verdade quando se auto-intitula cantor) ganhou notoriedade fazendo apresentações em programas de tevê com alcance nacional _ programas que também não tem o menor interesse em divulgar uma boa música, mas empurrar no povo o que eles acham que o povo merece_ apresentações no Faustão, foram suficientes para contaminar o país inteiro. A raiz alastrou-se danificando o sistema, se transformando num câncer difícil de ser extirpado. O Brasil não vai resistir muito tempo a mais uma leva de Calypson, guardem o que estou ecrevendo neste post, se bandas como o Calypson continuar ganhando espaço na mídia, vamos regredir ao mais baixo nível cultural, apagando com cal e covardia a linda trajetória dos precursores. Nada contra o pessoal do Pará ou de qualquer lugar desse país maravilhoso, mas tudo contra o nada que foi inserido na produtividade musical brasileira. Chimbinha e Joelma bem que poderiam cantar o carimbó do Pará, mas não, o carimbó também está sendo banido do panorama atual, quem mora no Rio e tem menos de 30 anos não sabe nada sobre carimbó, Pinduca? O que é isso?
PRESERVE O RITMO MAIS RICO QUE O BRASIL POSSUI


É muito difícil para quem estudou o mínimo, aceitar calado a categoria atual que estão tentando encaixar o forró. Faz tempo que o forró foi banido da praça minha gente, se não fosse pelos jovens que estão resgatando a originalidade do ritmo, daqui a 20 anos ninguém iria ouvir forró. Os empresários donos de rádios são os maiores culpados, pois sem critério algum vão tocando as piores letras que lhes entregam, se há o mínimo de critério eles partem do seguinte: tem sacanagem na letra, então toca, o povo vai gostar. Vamos acordar Brasil, música só com qualidade. Por que não tocam Jorge de Altinho, Genival Lacerda, Nando Cordel, Alcymar Monteiro, essa gente ainda canta um forró que merece respeito, sem falar que são herdeiros legítimos dos pais do forró. (fotos do acervo de Jorge de Altinho)

MINISSÉRIE SOBRE MAYSA VAI SERVIR PARA ALERTAR SOBRE DIFERENÇA ENTRE TALENTO E VOCAÇÃO



Se você ainda acredita no potencial artístico e principalmente em talento, não deixe de acompanhar a minissérie Maysa – quando fala o coração, que começa hoje. Se Waldick foi um ícone da fossa, Maysa foi a criadora. Nenhuma outra intérprete foi tão fundo no sentimento contido numa canção como Maysa foi, a mulher que deu vida ao mito e deixou sangrar as perebas do coração fazendo o que de melhor sabia fazer, cantar até doer o coração. Ela bebeu na taça dos que aceitavam ser chamados de qualquer coisa, até mesmo de artista. Seria útil para o Brasil um debate sobre talento e vocação logo após a exibição do último capítulo, na mesa redonda Joelma (boiando), Chimbinha (boiando mais ainda e chorando), Frank Aguiar (envergonhado por ter sido chamado de cantor um dia), todos os jurados de programas de competição musical (ridicularizando o que eles aprovaram como melhor, mas também envergonhados por não saberem o principal sobre música, que é o gosto popular), ainda na mesa, lado-a-lado Faustão, Gugu, Raul, e todo mundo que pensa que sabe muito, incluindo na mesa, eu, que falo o que sinto inspirado no que vejo.

6 comentários:

Anônimo disse...

Concordo em gênro, número e grau e mais alguma coisa.Essas pessoas destroem rítimos maravilhos como o carimbó e outros rítimos nordestinos sem nenhuma preocupação com a qualidade.

Josué Ribeiro disse...

É verdade, os ritmos como carimbó, forró,estão ficando extintos e o que é muito pior, estão sumindo também os grandes conhecedores do tema.

Anônimo disse...

J.RODRIGUES: Amigo blogueiro, o castigo pior é a gente ser obrigado a ouvir as porcarias que as bandas de forró daqui do Ceará gravam. Botam um paredão de som para tocar nas vias públicas, bares e pensam que estão abafando....São um pobres coitados, vazios, vítimas da insana mídia.

Anônimo disse...

Eu sou do tempo em que um grande "sucesso" foi a música Farofa-fá-fá, que chegou a concorrer em um festival de MPB, em 1975, quando a Globo fez uma tentativa de reeditar este tipo de evento.

Bem, pelo menos uma coisa boa este festival nos deu. O então desconhecido Djavan, com Flor de Lis, ficou em segundo lugar.

Abraços.

Anônimo disse...

v
Você esqueceu que nesta lista de lixo,que não serve nem para reciclagem,

Temos o FUNK e AXÊ.
País sem raízes,sem cultura não
se desenvolve.

Anônimo disse...

parabens pelo blog...
Na musica country VIRGINIA DE MAURO a LULLY de BETO CARRERO vem fazendo o maior sucesso com seu CD MUNDO ENCANTADO em homenagem ao Parque Temático em PENHA/SC. Asssistam no YOUTUBE sessão TRAPINHASTUBE, musicas como: CAVALEIRO DA VITÓRIA, MEU PADRINHO BETO CARRERO, ENTRE OUTRAS...
é o sonho eterno de BETO CARRERO e a mão de DEUS.

Relembre a estreia de Ricardo Braga e a opiniäo de Roberto Carlos em 28/05/1978

A estreia da cantora Katia em 1978 cantando Tão So

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