26 junho 2007

O ADEUS DE NÚBIA LAFAYETTE. INTÉRPRETE PREFERIDA DE ADELINO MOREIRA



O falecimento da cantora Núbia Lafayette, na semana passada em Niterói, deixou de luto os fãs admiradores da insuperável intérprete das músicas de Adelino Moreira. Núbia nasceu em Assu, Rio Grande do Norte, em 21 de janeiro de 1937. Mudou-se com a mãe para o Rio de Janeiro ainda na infância. Deu os primeiros passos na carreira aos oito anos, se apresentado na TV Tupi, no programa Clube do Guri. Em 1958 participou do concurso “A Voz de Ouro” usando o nome artístico Nilde de Araújo (seu verdadeiro nome é Idenilde de Araújo Alves da Costa). Em São Paulo, a cantora foi contratada das boates Cave e Michel. Em 1959 gravou seu primeiro disco com o apoio de Joel de Almeida. Foi como Nilde de Araújo que a gravadora Polydor lançou o primeiro 78 rpm, com as músicas “Sou Eu” e “Vai de Vez”. Quando o grande compositor Adelino Moreira ouviu a interpretação da cantora, descobriu nela a intérprete ideal para suas músicas. O compositor sugeriu o nome Núbia Lafayette, pois tinha mais sonoridade e energia, que combinava com a voz da cantora. Nascia Núbia Lafayette, que logo em 1960, grava pela RCA o disco Núbia Lafayette e Orquestra, cantando duas músicas de Adelino, os sambas “Devolvi” e “Nosso Amargor”. No ano seguinte repetiu o feito, gravando mais duas composições de Adelino, “Preciso Chorar” e “Solidão”. Desde então, o compositor passou a ser gravado constantemente pela cantora. Núbia Lafayette reinou nas paradas musicais das décadas de 60 e 70. Gravou os maiores nomes da música como Carlos Gardel, Ataulfo Alves e outros. Mas foi como intérprete das músicas de Adelino Moreira que ela alcançou os maiores êxitos da carreira. Foi premiada diversas vezes com prêmios de prestígio como Roquete Pinto, Revista do Rádio, Buzina de Ouro do Chacrinha, e o troféu O Velho Capitão, busto de bronze de Assis Chateaubriand oferecido por Aérton Perlingeiro às personalidades mais importantes do Brasil. Apesar do grande público reconhecer “Devolvi”, “Seria Tão Diferente”, “Razão” e “Casa e Comida”, como os maiores sucessos interpretados pela cantora, Núbia possui uma extensa discografia e dentre os títulos, discos com grandes vendagens no Brasil e outros países da América Latina, onde era famosa e muito prestigiada. Na Colômbia, em 1976, foi classificada no Festival da Canção, interpretando a música “A Vida Tem Dessas Coisas” de César Sampaio, que na época fazia sucesso com a música “Secretária da Beira do Cais”.
Lamentavelmente a morte da cantora Núbia Lafayette não ganhou espaço nos noticiosos da televisão, a preferência ainda é por notícias sobre as incontáveis transferências de presídios do bandido Beira-mar e a corrupção política que assola o país. Informar aos milhares de fãs, a morte de um artista tão querido, não é mais importante que discutir a idoneidade de Renan Calheiros. A mesma televisão que recorre ao artista quando ele é famoso, despreza-o no primeiro declínio da carreira. É como se um artista não pudesse amadurecer ou mesmo envelhecer. Ignoram sua trajetória e aniquilam sua existência, pondo-os mais distantes do que eles já estão dos fãs. É provável que os responsáveis pelas pautas das redações dos jornais, nem saibam quem foi Núbia Lafayette, quem é Adelino Moreira ou, se quer ouviu algum dia, a música “Lama”, na suave e profunda interpretação da cantora. Valeu Núbia. Valeu Leide Câmara, pelo Dicionário da Música do Rio Grande do Norte, que se esmerou em catalogar todos os artistas do estado, sem se preocupar pelo tamanho da estrada de cada um.

2 comentários:

Carlos Lins disse...

Bonitahomenagem pra Núbia, nossa querida "Dama do Som da Noite" e seu blog tá 10
< carloslins.blogspot.com >
Por favor visitem meu blog. Por que?
Ele também é diferente brigadu
Carlos Lins

niltinho disse...

linda e maravilhosa nubia, eh uma voz que jamais eskeceremos,amei o blog

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