06 dezembro 2006

WALDIK SORIANO –quanto vale o show?

o “rei do gogó” celebra os 55 anos de carreira com DVD
O mercado fonográfico atual e sua insensibilidade, que parece eterna, deixa para trás nomes como o de Waldik Soriano e muitos outros cantores que já fizeram deste país um reduto de seus admiradores. O cantor que já foi símbolo de sucesso e protegido de multinacionais, hoje se limita a apresentações simbólicas para um público que não conhecem a fundo o valor cultural do rei do gogó, como o Chacrinha o chamava.
Eurípedes Waldik Soriano, nasceu em Brejinho das Ametistas, interior baiano, em março de 1933. Desde cedo teve que enfrentar as lutas impostas pela pobreza, que tão de perto lhe rondava. Era fã de Durango Kid e por intermédio dele encontrou o figurino ideal para se lançar no mundo do disco. Roupas quase sempre pretas e um chapéu, que nos shows é disputado a tapas pelos fãs. Gravou inúmeros discos e emplacou diversos sucessos. Chegou em São Paulo nos anos 50 em busca do sonho de ser um cantor de boleros. Inicialmente, foi tudo muito difícil, mas o determinado baiano quando se viu diante do alvo, o sucesso, segurou-o pelas rédeas e não soltou até que o conhecesse de perto e vivesse dele. Já nos anos 60, era um dos maiores vendedores de discos e seu nome era citado como referência de uma carreira vitoriosa. Seu repertório era autoral e a primeira praça que o abraçou, como o novo rei da voz, foi o nordeste, seguido pelo norte do país. Sua história, que já era grande e bonita o bastante para um cantor de origem bruta, tornou-se num pingo, diante do que foi Waldik na década de 70. passou a circular com intimidade nos programas de TV da época, ampliando a platéia de admiradores para uma medida descomunal. Fazia até 5 shows por semana e quase todos, acompanhados por orquestra. Chegou a fazer um disco com arranjos do maestro Guerra Peixe, o maior e mais prestigiado maestro brasileiro. Waldik realmente havia alcançado, em todos os sentidos, os píncaros da glória humana. Fez cinema, namorou socialites como Beki Klabin, figura lendária da sociedade carioca, deixando sua marca na década que parecia ter, não um, mas vários parafusos a menos. O primeiro disco da década de 70, foi “Leva Este Chapéu”, pela gravadora Continental. Mas como numa cena de filme hollywoodiano, em 72 a gravadora RCA pagou uma multa milionária para ter o gigante no seu casting, fazendo do astro um rei. Nesse mesmo ano lança o LP “Ele Também Precisa de Carinho”, aparecendo na capa abraçado com um cachorro, chamando a atenção para a música de trabalho, que foi exatamente “Eu Não Sou Cachorro Não”. A história de Waldik poderia perfeitamente acabar aqui, pois foi com essa música que o Brasil inteiro tomou conhecimento da lenda Waldik Soriano, mas como era fã ardoroso de Durango Kid, foi além, seguindo desenfreado na estrada, para nunca mais parar.
Para celebrar os 55 anos de carreira, ele aparece apoteótico num DVD lançado pela gravadora Gema, onde solta a voz cantando como nunca as músicas que o fizeram imortal da música popular brasileira. Nostalgia, Eu Te Amo, Perfume de Gardênia, Nem Cachorro É Maltratado Como Eu, Você Mudou Demais, Tortura de Amor, Eu Não Sou Cachorro Não e outras seis canções, todas conhecidas do seu incomensurável público.
Vale a pena conferir, respeitando as dificuldades de produção, não é que o DVD está mal gravado, apenas porque não foi produzido pela MTV. Está bonito, assim como Fortaleza, cidade onde o show foi gravado.

Aqui está o endereço da gravadora, caso você não encontre o DVD nas lojas de sua preferência. 11- 3331-3221/2884 gema@gemagravadora.com.br e www.gemagravadora.com.br

2 comentários:

Anônimo disse...

Excelente post, Josué. Recentemente, eu compareci a uma entrevista pública de Waldick Soriano no Centro Cultural do BNB em Fortaleza.

ao final da entrevista, eu fiz um texto poético sobre a vida de Waldick, que você pode ler no seguinte link:

http://contosbregas.zip.net/arch2006-11-01_2006-11-30.html#2006_11-17_09_21_47-8564639-0

Anônimo disse...

Queria saber se ele tem fã clube me mande o contato do fã clube!!!!!!!!!

Relembre a estreia de Ricardo Braga e a opiniäo de Roberto Carlos em 28/05/1978

A estreia da cantora Katia em 1978 cantando Tão So

Mate a saudade de Nara Leao cantando Além do Horizonte em 1978

1 em cada 5 Brasileiro preferia o THE FEVERS 26/11/1978

Elizangela canta Pertinho de Você no Fantástico em 1978

Glória Pires e Lauro Corona cantam Joao e Maria

CLA BRASIL E MARINÊS

DOCUMENTÁRIO SOBRE EVALDO BRAGA / 3 PARTES - ASSISTA NA ÍNTEGRA

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